Nem LCD nem plasma, o futuro é OLED

Há um tempo atrás, a discussão era entre o que era melhor: telas de LCD ou plasma.

A briga agora pode ser outra – a Samsung lançou na FPD (Flat Panel Display) Expo seus protótipos de TVs de 14" com telas de OLED (organic light emitting diode).

Para não ficar atrás, a Sony, planeja lançar uma TV OLED com tela de 11" ainda este ano no Japão. O protótipo apresentado pela empresa tinha 11 milímetros de espessura e oferecia resolução de 1.024 pixels por 600 pixels.

TV OLED Samsung
Protótipos de TVs de 14" da Samsung com telas OLED

A tecnologia OLED foi desencolvida nos anos 80, pela Kodak, mas por ter um custo muito elevado até certo tempo atrás, só hoje está com condições de produção em escala.

Teoricamente, como funciona a coisa é fácil de entender: em vez de uma luz de fundo que ilumina a tela, são as próprias moléculas de carbono que emitem luz ao receberem uma carga elétrica, por isso podem ser tão mais finas. Para entender melhor:

(…) essas moléculas podem ser diretamente aplicadas sobre a superfície da tela, usando um método de impressão. Acrescentados os filamentos metálicos que conduzem os impulsos elétricos a cada célula, está pronta uma tela a um custo extremamente baixo.

Uma das principais características da tela orgânica é que ela possui luz própria. Com isto não necessita de luz de fundo ou luz lateral, (backlight ou sidelight) e ocupa menos espaço(…). Outra importante característica é que por emitir luz própria cada OLED quando não polarizado torna-se obscuro obtendo-se assim o "preto real", diferentemente do que ocorre com LCDs que não conseguem obstruir completamente a luz de fundo e ainda neste caso não há consumo de energia para a modulação de luz de fundo.

Além destas vantagens as telas OLED possuem baixos tempos de resposta (uma das principais desvantagens do LCD), podem ser visualizadas de diversos ângulos (180º), têm contraste muito melhor (de 1000:1 contra 100:1 das telas LCD no escuro), suportam melhor o calor e o frio, além de ser produzidas de forma mais simplificada e usando menos materiais do que os LCDs.

Wikipédia

Atualmente essas telas já vêm sendo usadas em aparelhos menores, como esse celular da Toshiba W56, palms, consoles de vídeo game e players portáteis.

Celular Toshiba w56
Celular Toshiba W56


Uma tela OLED funciona com até 40% menos energia do que um LCD de dimensões comparáveis, e pode ser duas vezes mais fina, porque não precisa da iluminação de fundo.

Uol Tecnologia

O baixo consumo de energia atrai a atenção dos desenvolvedores de aparelhos de pequeno porte que utilizam bateria, pois a tela é uma das maiores consumidoras de energia desses aparelhos.

Essa tecnologia ainda está em fase de testes, pois uma das desvantagens ainda é o menor tempo de vida útil das moléculas de carbono em relação a aparelhos de LCD – enquanto uma tela de LCD pode durar em média 60 mil horas, dependendo do modelo, a vida útil de uma de tela de OLED ainda é de 5 mil horas. Pesquisas já estão sendo feitas para que esse tempo aumente, e já foram lançadas TVs OLED com vida útil de aproximadamente 30 mil horas – o que dá um uso diário de 8 a 10 anos – como essa Sony XEL-1.


TV Sony XEL-1 traz uma tela de 11" com 3 milímetros de
espessura, começa a ser vendida em dezembro

A TV será vendida por um valor equivalente a $1.740,50

Se você já acha que as TVs de plasma são o máximo e os celulares não podem ficar mais finos, você ainda não sabe o que está por vir 😉

 

Para saber mais: Wikipedia (em inglês)


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