Como a internet tem influenciado a política atualmente

Alguns casos envolvendo a internet e a política tem me chamado atenção nos últimos dias. Não acompanhei muito de perto nenhum, mas ao reparar um "padrão" resolvi pesquisar mais e compartilhar aqui.

Já começo dizendo que não sou ligada em política, mas me interesso muito pelas redes e envolvimento que as pessoas têm através dela.

O primeiro caso que achei interessante foi a repercussão das eleições no Irã na internet – as manifestações contra e a favor o presidente eleito, a acusação de fraude nas eleições, pessoas mostrando o que estava acontecendo nas manifestações twittando, mandando vídeos para o Youtube e fotos para o Flickr diretamente dos protestos nas ruas… O Twitter até mesmo cancelou uma manutenção de uma hora enquanto os protestos estavam ocorrendo para que as pessoas continuassem a dizer o que acontecia. O único jeito que o governo arrumou para que essas informações parassem se sair do país, foi bloquear alguns sites por lá.


Segundo
o canal de notícia Al-Jazeera, o acesso ao Facebook e ao Twitter foi bloqueado a partir do sábado (13/06), junto a ações para que repórteres estrangeiros não conseguissem cobrir as manifestações para veículos internacionais.
IDGNow!

 

E aqui no Brasil, se começou um movimento #forasarney no Twitter.

Enquanto alguns criticavam, outros se engajam na "manifestação política online".

Enquanto alguns tentavam colocar a hashtag #chupa (em alusão a vitória do Brasil contra os Estados Unidos na Copa das Confederações) no Trending Topics do Twitter, outros tentavam fazer que o mesmo Ashton Kutcher (@aplusk) que ajudou o #chupa ententrar no TT, colocasse o #forasarney também.


O Brasil ganhou de virada dos EUA. E a "tag" para este feito no Twitter era… #chupa.
Todos se engajaram em colocar a tag #chupa nos Trending topics, os assuntos mais populares do Twitter mundial.
Praticamente todos os brasileiros que estavam online no Twitter aderiram à campanha #chupa. E não deu outra: #chupa na cabeça.
Querido Leitor

 

Ainda bem que não fui uma das que estavam online e SE ENGAJOU – me recusei a aderir a tal campanha – enquanto as pessoas SE ENGAJAREM em zuar com uma celebridade americana por causa de futebol e não pelo futuro do próprio país NEM QUE SEJA PELA INTERNET, não se pode esperar muito, né?

Enquanto alguns diziam que essa tentativa era idiota, o Partido Democrata pediu que o Presidente do Senado se afastasse do cargo enquanto ocorrem investigações contra ele.

Enquanto o Asthon Kutcher (@aplusk) dizia que só a gente poderia mudar alguma coisa no Brasil e outros ridicularizavam a tentativa de "subcelebridades" – como eles chamam – em tentar fazer alguma coisa, diziam até que os familiares do Sarney pediam para ele se afastar também.

Será que tudo isso teria acontecido se não tivessemos a rapidez que temos hoje na troca de idéias e informações? Será que isso teria acontecido se ninguém tivesse tido a idéia de compartilhar uma indignação na rede? Será que teria sido criado um Twitter @forasarney que não pode ser apagado porque não é uma falsidade ideológia, e sim uma crítica política?


Durante semana passada, surgiu um protesto no twitter- o
#forasarney– contra presidente do Senado. Nunca se sabe quando ou se as coisas do mundo virtual chegam ao real. Surpreendentemente, na sexta, a primeira marcha #forasarney pipocou ao vivo e à cores, como se dizia antigamente, justamente em São Luis, onde o homem do bigode é rei, além de nome de quase todas as ruas e instituições de ensino e de saúde da cidade.

Esta semana, via twitter, já foram divulgadas marchas e encontros do #forasarney em algumas capitais brasileiras. Há um website centralizando informação: Fora Sarney. Também foi até criado uma avatar, de autoria do @cvalente, com uso autorizado para os manifestantes virtuais. (…)

Fico entre o entusiasmado e o incrédulo com a indignação virtual dessa molecada digital. Será que tudo isso uma hora vaza para o mundo real e modifica a sociedade, que é o que importa?
Blog do Tas

Vejam bem, não coloco aqui nenhuma questão de "politicagem",  de que pode ser benéfico pra um ou pra outro – meu foco não é a política em si, mas o que a intenet pode proporcionar com a troca de mensagens rápidas. E sim, eu achei legal a iniciativa "passiva" dos "protestos" no Twitter, antes alguma coisa do que nada – e antes um movimento "político" do que um "RT #CHUPA" para aparecer no TT que o Brasil é "legal" 😛

Outra notícia que me surpreendeu foi que em próximas eleições, redes sociais, Youtube e Twitter serão liberados para campanhas:


Os deputados começaram a discutir o projeto que libera o uso da internet nas campanhas eleitorais. A proposta foi apresentada pelo deputado Flávio Dino (PC do B) e vai regular o uso de e-mails e redes sociais na web pelos candidatos.

Se a proposta for aprovada até setembro deste ano, nas eleições de 2010 os candidatos poderão usar o Orkut, Twitter, YouTube e blogs para fazer campanha.
Folha Online

 

Algumas questões devem ser pensadas – é claro – mas é realmente bom que mesmo os candidatos sem tanta verba para a campanha tenham chances de se mostrar em meios muito mais baratos que TV, não ficando restritos ao Horário Eleitoral (que aposto que quase ninguém aqui vê).

O Obama mostrou como essa rede pode ser eficaz, claro que não espero que por aqui já seja assim, mas é um começo, se for feito de maneira correta e legal! Seria o ínicio de um política 2.0?
 

Lembro mais uma vez que no quesito política sou bem noob, mas é impossível negar que a internet não tem mudado o modo com que a política agia sobre o mundo…

 

E finalmente, antes de publicar esse post, acabo de ler: Sarney decide sair 


Publicado

em

por

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *