O smartphone matou a empatia

Sou  fã de quase todos os textos e aprensetações do Louis C. K. mas tem um que eu acho especialmente bom por ele me atingir. Ao mesmo tempo que procuro estimular e viver com uma “necessidade” de contectividade limitada (esqueça seu smartphone de vez em quando!) ainda me flagro, repetidas vezes, conferindo meu tablet quando eu deveria estar prestando atenção ou vivendo experiências não digitais, como ver um filme ou ler um livro. Você está na mesa do bar cercado de amigos e involuntariamente pego o celular para… para que? Para matar uma ansiedade irracional de saber “o que está acontecendo” na internet? 

No vídeo abaixo Louis explica o porque não quer que seus filhos tenham celular e propõe que uma das causas de nossa sociedade estar tão “bagunçada” é que estamos perdendo a capacidade de sentir empatia – por culpa da conectividade. Nós interagimos mais digitalmente e menos pessoalmente, e as expressões corporais, faciais e tom de voz são importantíssimos para que um ser humano consiga “ler” o que o outro está sentindo – perdemos tudo isso com mensagens de texto ou Facebook. Ofender alguém passa a se tornar “apenas divertido”, já que não conseguimos perceber como aquela pessoa se sente ao ser ofendida. Não há culpa.

Nós formamos nosso caráter ao longo de nossa vida – se as crianças crescem e formam seu caráter sem desenvolver empatia não me espanta o surgimento de idéias aburdas como o “Knock out“, uma competição (?) de nocautear pessoas desprevinidas na rua (homens, mulheres, idosos). Obrigado New Jersey.

Mas afinal, o que é empatia?

[http://www.youtube.com/watch?v=9_1Rt1R4xbM]

Finalmente encontrei a possibilidade para usar este fantástico
vídeo onde o Hulk explica o que é empatia


Louis C. K. odeia celular

[http://www.youtube.com/watch?v=5HbYScltf1c]


Além da questão da empatia, Louis aponta o que mais me incomoda quando sinto qualquer ansiedade para conferir os Twitter (@gserrano) ou Facebook: nossa incapacidade de ficar sozinho – mesmo que seja por 10 minutos. Na fila do banco, num almoço sozinho, nossa incapacidade de aguentar nossa própria companhia nos torna dependentes de atenção em redes sociais.

Lembrei de uma cartaz motivacional que pode encerrar bem esta reflexão: “seja alguém que faz você feliz”.


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