Diário de Bordo Pós N Design 2009

Sobre os aspectos mais gerais do evento, recomendo que você leia o texto do Guilherme, N Design 2009.

Aqui quero apenas complementar e expor alguns outros pontos de vista sobre o– e talvez fazer uma espécie de Diário de Bordo – e eu sei que demoro pra fazer esses reviews, haha 😛 
 

A chegada
 

Chegamos (o Guilherme e eu) à Recife na madrugada entre 17 e 18 de julho. Uma pena chegar e sair da cidade a noite, me disseram que a vista da orla é maravilhosa de cima. As primeiras impressões foram: pernilongos, taxistas insistentes e gente muito simpática às 3 horas da manhã! Fomos pedir dicas de hotéis e pousadas no posto de Informações Turísticas e fomos muito bem recebidos – mais uma vez chegamos a uma cidade sem nenhuma reserva para passar um dia e meio até ir para Olinda, onde o evento foi realizado. No caminho ao hotel escolhido, o taxista nos deu uma aula sobre Recife, o ruim foi só não estar acostumada com o sotaque local, mas mais uma vez as pessoas de lá esbanjando simpatia. 
 

Estadia em Recife
 

Os hotéis a beira mar – como era de se esperar – eram muito caros para nosso bolso, optamos por um hotelzinho a uma quadra da praia. Deu pra descansar e curtir a praia de Boa Viagem durante a tarde, depois de uma bela descansada. A noite fomos a um restaurante que chegamos com o pé atrás: ele era grande e bonito, quase certeza que sairia caro… no final ficamos surpresos com os valores, R$14,90 uma porção com meio kilo de camarão – quanto a comida, Recife é bem barata. Infelizmente, enquanto curtiamos uma boa comida a beira mar e chuva do lado de fora, alguns encontristas passavam um perrengue na AESO :/

A chegada na AESO
 

Saindo de Recife a caminho de Olinda, pudemos perceber o contraste da capital pra o interior (acredito que Olinda seja interior, né?!) As avenidas largas de Recife dão lugar a ruas estreitas, esburacadas e sujas, os grandes prédios se tornam casas simples e gente humilde. Chegando a faculdade fiquei espantada com as barracas espalhadas pelo campus inteiro, e só depois soubemos o motivo: o local destinado ao camping alagou, a galera passou a madrugada tirando as barracas do meio da lama e naquele momento deixavam as roupas secando estendidas no chão.

Mas os problemas ás vezes podem virar inspiração, como a paródia É Preciso Sobreviver, provavelmente tocado na Plenária Final

Palestras, Balaios, Oficinas, Mesas Redondas, DR"s etc…
 

Eu e o Guilherme participamos de quase as mesmas atividades… abaixo as que participei:

– Balaio: Ler Design – Daniel Santos Konagas

– DR"s (Discutindo Relações): Design Empreendedor x Design Social (Luiz Pizzani e Eduardo Gonçalves "Cuducos")


Foto por Bianca Brancaleone

– Palestra: Inclusão Digital através da acessibilidade na Web – Bruno Borges

– Balaio: Cada Macaco no seu galho – os limites entre publicidade e design – Murilo Deirane de Oliveira

– Palestra: Design é estratégia – Luli Radfahrer


Foto por Bianca Brancaleone

– Oficina: Stencil para todos – Icaro Militino Bione


Foto por Bianca Brancaleone

– TA"s (Teoria e Ação): Design à la carte: Inovando sem culpa – Clarice Goulart, Marina Nicolaiewsky, Fabiano Braga, Diego Silverio, Fernando Galdino)


Foto por Bianca Brancaleone

– Palestra: Grandes idéias precisam de espaço.com – Jonas Rafael Rossatto


Foto por Bianca Brancaleone

– Palestra: A usabilidade de produtos pelo design informacional – Sílvio Diniz
 

Considerações sobre as atividades – na visão de uma geek (para imitar o Guilherme)

Realmente o evento não ofereceu muitas opções para quem estava interessado em alguma coisa sobre web / digital – quando se faziam enquetes nas atividades para saber em que área atuávamos, só perguntavam "quem é de gráfico / produto". No entanto, as atividades que envolviam digital / web sempre lotaram. Cheguei a conclusão de que, apesar da maioria das pessoas não trabalhar com isso, elas se interessam em pelo menos entender mais – e pude notar isso claramente na palestra do Luli Radfahrer (Design é estratégia), do Jonas Rafael Rossatto (Grandes idéias precisam de espaço.com) e do Bruno Borges (Inclusão digital através daacessibilidade na Web).

A partir daí levantei alguns pontos sobre o mercado de trabalho de webdesign na minha cabeça: em um ambiente com tantos designers como era o N, se tão poucos realmente atuam em web / digital, estaríamos dexaindo um espaço aberto para que a "classe" tão forte de "sobrinhos" existesse por aí? Se quem estuda, conhece as teorias e aplicações de design não quer trabalhar nessa área, uma lacuna fica aberta para os que fazem os cursos de "seja um webdesign" trabalhe, gerando um grande problema para quem realmente estudou design e decidiu seguir na área de design web / multimídia / digital, cursando uma graduação superior e não um curso livre, podendo realmente cobrar o justo pelo que estudou e aprendeu, e ainda ter que escutar "mas meu sobrinho faz mais barato" de clientes (sim, é a mesma velha discussão de sempre).

Enfim, ainda fica a dúvida na minha cabeça e aquela velha discussão sobre formação específica ou Formação Generalista. Eu devo dizer que, por ter cursado Design de Multimídia – e aprendido como todo mundo deve aprender História do Design, História da Arte, Gestalt etc.  também aprendi coisas específicas da minha área como vídeo, cinema, áudio, lógica, etc. – sinto falta de saber mais sobre processo de produção, produto, materiais, mais desenho a mão… Mas isso é discussão pra outro texto 😛 

Idéias futuras
 

Assim como o Guilherme propôs, em próximos Ns e Rs gostaríamos de participar mais ativamente, propondo balaios, DR"s, mesas redondas e etc. colocando web e digital na roda de conversa. E como sempre, pensando em produzir camisetas, bottons, crafts… quem sabe não nos vemos no N Design 2010 em Curitiba então?! 😉

Links

Para conferir outros vídeos do NDesign 2009 no Youtube

Para conferir outras fotos no Flickr


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